SÃO PAULO – A poupança sempre foi, de longe, o investimento preferido dos brasileiros. Isso acontece, principalmente, por conta da comodidade. “A caderneta de poupança tem batido recordes de resgates. Não é pra menos, os resultados são pra lá de ruins, tem perdido até para a inflação e isto quer dizer que o investidor hoje já não compra mais a mesma coisa que compraria há um ano atrás”, comenta Aderson Gegler, professor e sócio fundador da Moinhos Educação.
A economista e sócia da Atlas Invest Carollyne Mariano comenta que o Tesouro Selic é uma excelente alternativa em relação à poupança, uma vez que também conta com liquidez diária e rentabilidade bem superior, chegando a um rendimento bruto próximo à taxa básica de juros. Além disso, esse título é assegurado pelo governo federal, que, em tese, é o melhor credor que existe no país.
Aderson aponta que outra boa possibilidade podem ser os fundos DI. “São fundos com baixo valor de entrada e de aportes e que devem ter uma rentabilidade próxima ao CDI. Mesmo cobrando taxas de administração, quando não são muito altas, esses fundos têm desempenho melhor do que a poupança”, relata o professor.
“Previdência privada também é uma alternativa, caso o objetivo do investimento seja a aposentadoria. Neste caso, além do investidor pesquisar sobre a taxa de administração e rentabilidade, é preciso se certificar de que não vai pagar a taxa de carregamento. Não há nenhum motivo lógico para aceitar pagar esta taxa Na previdência uma questão importante é o planejamento tributário, pois o poupador pode inclusive usar esse veículo para diminuir o valor pago em imposto de renda, no caso do PGBL. O investidor também terá que optar pela tabela regressiva ou progressiva”, aponta Aderson.
Carollyne ainda sugere o investimento emCDB (Certificado de Depósito Bancário) como uma alternativa. “Nessa modalidade o investidor empresta dinheiro ao banco emissor, em troca de juros. O risco dessa operação é o próprio emissor, contudo, há uma garantia oferecida pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) de R$ 250 mil por emissor por investidor, que é a mesma da poupança. O CDB pode contar com liquidez diária e existem opções de 6 meses, 1 ano, 2 anos e etc. O ideal é aplicar em um CDB que renda pelo menos 85% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário)”, finaliza